26 de fevereiro de 2009

Minhas Crônicas. Meus Textos.

Sou Publicitário e não sou bonzinho!

Quando decidi tornar-me publicitário, sabia que estaria entrando para uma “facção” formada pelos seres mais odiados do planeta. Depois de anos no mercado de forma “irregular” (Não formado), decidi entrar para uma faculdade, cursar comunicação e confirmar de uma vez por todas a minha permanência neste seleto grupo de profissionais.

Meu trabalho sempre foi convencer as pessoas a comprarem o que não precisam e consumir tudo que não podem, sendo assim depois dos políticos e advogados é claro, não posso negar o lado mais demoníaco da minha profissão, afinal de contas se eu fosse bonzinho não teria feito Comunicação Social e sim Serviço Social.

Entretanto o que mais me incomoda até hoje são aqueles pseudo-intelectuais que a todo custo insistem em afirmar que nós, publicitários não somos capazes de ter um conhecimento mais profundo sobre nada, já que o que conhecemos seria para satisfazer nossos clientes em campanhas passageiras e ludibriar os pobres dos consumidores, os quais não tiveram a mesma chance que nós e por tanto não tem intelecto suficientemente desenvolvido para perceber que estão sendo enganados.

É, mas eles não se lembram que eles também são consumidores e que todos, disse todos inclusive nós publicitários estamos expostos ao vírus da propaganda, e se compramos algo, mesmo que seja uma simples caixinha de blogs blogs é porque fomos contaminados por esse vírus.

E digo mais, os publicitários não precisam saber profundamente de tudo e sim o raso que interessa para atingir o mais profundo dos sentimentos comum a todos os seres humanos, a emoção.

Esse é o nosso primeiro objetivo, atingir a emoção do (1)target, a venda é só uma conseqüência.

Ai o pseudo-intelectual está encafifado se perguntando: - O que é (1)target?

Se você achava que vender era o único objetivo do publicitário está totalmente enganado, já que, além de existirem várias maneiras de se vender algo e como eu já disse, não passa de uma conseqüência do segundo objetivo deste comunicador que é o de convencer.

Tal missão deve ser executada através de um diálogo onde o comunicador tenta persuadir o receptor. Mas se quem recebe a mensagem não passar de uma anta? De que me serve saber profundamente de tudo? É como querer matar uma barata usando um (2)Fal. Esse é o “conhecimento inútil”.

E o pseudo-intelectual mais uma vez matutando pra decifrar o que seria (2)Fal...Seria uma abreviação de Falcon?...Matar uma barata com um falcon? Não tinha uma chinela à mão?

Na real nós publicitários só precisamos saber o suficiente pra convencer a anta, e como cada anta é uma anta diferente, é melhor sabermos um pouco de tudo, que tudo de apenas um pouco. Assim podemos convencer um zoológico inteiro, inclusive os políticos e os advogados.


Para os pseudo-intelectuais:

(1) “Target = Público Alvo”

(2) “Fal = Fuzil Automático Leve”

Marcelo Barros.

A vida recomeça aos 40.

Tenho 39 anos de vida e esse ano passei por poucas e boas. Quase perdi a vida por problemas cardíacos, o que me fez refletir bastante. Nessa reflexão fatos marcantes da minha existência vieram a tona, como:

Comer sardinha de todo jeito no festival anual da sardinha em Santa Cruz (Portugal); ou viajar no mesmo avião que a banda Camisa de Vênus; ou assistir o show da “Legião” que marcou minha geração; ou tomar açaí amassado a mão em alguidar de barro, até não aquentar mais; ou ver a seleção ser tri, ser tetra e depois penta; ou jantar nhoc de espinafre a bolonhesa no Tutto Massa em Curitiba; ou ir a piscina com meu avô e meus sete primos; ou voltar da mesma quase de noite, com as mãos engelhadas e parar na Santa Marta pra tomar sorvete das frutas da terra: açaí, tapioca, cupuaçu e bacuri; ou ir no Cobra comprar linhas e rabiolas para as férias de julho no Sal; ou amanhecer com os amigos na barraquinha; ou comer pizza à vontade na Boss rodízio; ou dançar a noite inteira no Friday Night; ou pescar de tarrafa no quilômetro 40 em Bragança e matar o frio com cachaça e mel de cana; ou ganhar de aniversário um cento de bons-bocados feitos pela vovó do Céu: ou tomar um prato de aletria, antes de dormir, Na casa da vovó Molóca; ou assistir o show do WASP e do VENON no Pacaembu; ou alugar bicicletas junto com meus primos pra passear nas férias em Salinas; ou comer um P254 mesmo que não fosse no JB 254 em algum domingo de minha adolescência; ou ganhar uma aposta de birita e ver o desafiante cair e ainda beber com o dinheiro dele; ou assistir o show dos Harley Globetrotters na ESEF; ou tomar tacacá com tucupi doce da dona Mocinha; ou comer rodízio de massas no Madalosso; ou assistir o globo da morte de pertinho no circo Orlando Orfei; ou comer um pão com manteiga inteirinho, tomando Grapette, depois de escapar da palmatória da professora Eufênia. Saudades do “lanche” da professorinha; ou assistir The Wall milhões de vezes, só pra tentar sacar uma viagem diferente; ou comer uma papa de café com bolacha Maria na loja da dindinha Eva; ou tomar chope no Escalibur, só por causa da enorme taça; ou levar encarnação dos colegas da 6º série por não saber jogar bola direito, mas acabar fazendo um gol sem querer e levar a turma pra final nos jogos internos do colégio; ou comer uma boa quantidade de queijadinhas de Sintra a caminho do Banzão (balneário próximo a Lisboa); ou assistir o Holliday on Ice no ginásio do SESI; ou jantar uma deliciosa paelha no restaurante do hotel Madrid (Espanha); ou invadir o pomar da casa de meus avós em Salinópolis na alegria dos primeiros dias de férias; ou brincar de 31 alerta, do último salva todos, e eu quase sempre era o último, o herói; ou tomar uma garrafa de Logan 12 anos, teti a teti com o Balalaica da Mangueira no níver da professora de piano: Terezinha Koslovsk. Além do papo legal acabei conhecendo uma de minhas namoradas, saudades da “solteirice”; ou comer bolo de chocolate com presunto quando laricado depois da isbórnia no Sal; ou ver a banda Nexus ser a vencedora do concurso de bandas do Olé Olá, quando eu era produtor da mesma; ou tomar sorvete e comer pasteis de Santa Clara da Mexicana em Lisboa; ou entrar de penetra no reveillom da AP por vários anos da minha juventude, e tomar a saideira de manhã no Bar do Parque; ou pegar caju pra caramba na AGRISAL nas férias de julho; ou a chegada de minha mãe das viagens a Zona Franca com mais carrinhos Match Box pra aumentar minha coleção; ou comer bombas de chocolate do café Millano, que o meu pai trazia nas “sextas feiras da minha infância”; ou almoçar com a família no “Lá em Casa” ao som de piano do maestro Guiães de Barros; ou beijar uma garota na barraca do beijo, dessas que tem em festas juninas, e depois acabar namorando a garota; ou tirar as moedas do cofrinho da Vivenda para comprar picolé, Gellote da Gelar; ou conhecer a imensidão da cozinha de um castelo em Portugal; ou lançar pela janela do meu quarto, no segundo andar direto no canal da Doca, os coloridos vinis de historinhas. Adeus infância, bem vindo adolescência; ou operar as amídalas e poder tomar sorvete à vontade; ou baile dos brotinhos no Círculo Militar com Pinduca e banda, ao vivo; ou casamento da irmã do Joselho em uma fazenda em Bacabau (Maranhão), Foi quase uma semana de cerveja, churrasco, piscina e as amiguinhas e primas da noiva; ou brincar de guerra de bola de neve na Serra da Estrela (Portugal); ou comer tapioquinha da dona Maria com manteiga Real; ou comer ovas de pratiqueira em cima da prancha de surf antes de entrar no mar pela manhã; ou roubar Diamante Negro e Sonho de Valsa da minha vó e o meu avô assumir a culpa; ou ser premiado três anos consecutivos no festival de teatro do colégio, melhor autor, melhor ator coadjuvante e melhor iluminação; ou tomar um licor de jenipapo da tia Cida; ou comer bacalhau a Gomes de Sá feito pela vó do Céu, e de sobremesa a gelatina de coco da tia Rosinha; ou brincar de comerciante com os bibelôs da vó Molóca; ou comer um sanduba de copa com presunto e mussarela e um copázio de Ovomaltine, assistindo a série Kung Fu com meu pai; ou jogar crapô com meu pai nas férias; ou ver o nascer do sol de dentro de um trem, indo de Madrid para Barcelona; ou ir num show de rock na praça da República com minha filha de dois anos no cangote; ou receber o resultado de positivo no exame de gravidez da minha esposa, depois de quatro meses de tratamento; ou tomar Alexander escondido da mamãe; ou comer uma torta de nozes da Amor em Pedaços; ou sair da maternidade com a minha caçula nos braços e com o sorriso do tamanho da corda do Círio; ou furar um saco de tapioca dando um beijo naquela que seria mais tarde a mulher da minha vida; ou a excitação no sofá da sala do apartamento do meu primeiro grande amor; ou tomar um Lamen no quiosque da Batian aos sábados na Ceasa; ou mandar 48 rosas para uma namorada no dia dos namorados; ou voltar a sentir o gosto da comida, após ter perdido temporariamente o paladar, devido a um acidente de carro; ou comer pastel de camarão com catupiry e caldo de cana, no início e no fim das feiras em São Paulo; Ufa ! Foram tantas coisas boas que me deram prazer nesses anos todos. Mas nada me dá mais prazer do que estar vivo, ainda por cima depois de passar por tudo que passei esse ano: "Fazer uma angioplastia e quatro meses depois descobrir que o procedimento não deu resultado, o que me levou a enfrentar uma cirurgia para fazer quatro pontes de safena"...Ganhei uma alça viaria, mas estou vivo e estar vivo é o maior prazer deste mundo!.

De igarapé a avenida

Eu não tinha este rosto de hoje, nos primeiros tempos eu era apenas um igarapé, onde os Cabanos escondiam suas armas e sua munição, era também uma espécie de refúgio para o descanso da “peleja” e o renovar da força dos bravos cabanos, heróis da região.
Depois, com o tempo, chegaram em minhas margens as famílias dos pioneiros em busca de um lugar para se estabelecerem e gerar riquezas. Barcos carregados de víveres e muitas outras mercadorias deslizavam por entre as águas do meu humilde igarapé que era ligado a majestosa baía de Guajará.
Nesta fase de minha existência, aos olhos dos homens fiquei conhecido popularmente por um nome que refletia o meu passado na grande luta dos Cabanos, chamado “Igarapé das Armas”. Junto aos víveres e as várias mercadorias que chegavam nos barcos, o progresso também chegou inevitavelmente, e com ele as mudanças ocorriam com a voracidade que lhe é peculiar.
A ligação que eu tinha com a grande baía, deixou de existir e no lugar dos barcos ficaram as carroças e posteriormente os bondes cujos trilhos de ferro descansavam em meu solo, coberto pela simetria dos paralelepípedos.
A exploração do látex, sangue das seringueiras, alavancou ainda mais o desenvolvimento de toda a região, A imensa riqueza gerada as custas dos coletores de látex, trouxe da Europa, costumes e gostos culturais que faziam contraste com a floresta exuberante que predominava na região, com o forte calor que fazia nas manhãs e com as chuvas quase que diárias pela parte da tarde, tão comuns que os enamorados marcavam seus encontros antes ou depois da chuva.
Ah! Tempos bons, mesmo com as chuvas. Mas a espreita estava lá o dito progresso, cruel e imponente, e logo os trilhos de ferro e os paralelepípedos foram cobertos pelo negro asfalto.
Foram edificados prédios, casas, vias de acesso, ruas paralelas e outras que por mim cruzavam, com a intenção de multiplicar o tal progresso, somar os impostos, subtrair as distâncias e dividir os bairros.
As carroças e os bondes da “Bela Época” foram gradativamente substituídos pelos veículos automotivos, que em seus pneus, traziam parte do sangue das seculares seringueiras.
Em vista de tamanho crescimento, tornou-se necessário um nome mais garboso para mim e fui então batizado, desta vez, aos cuidados do poder público, passei a me chamar de: “Avenida Visconde de Souza Franco”.
Pouquíssimas construções resistiam ao avanço da arquitetura moderna, com seus espigões de concreto, o comércio antes em sua maioria atacadista, hoje em dia se faz a varejo. Varejo de roupas, medicamentos, hiper mercados e saúde, até as delícias de seus restaurantes, pizzarias e carrinhos de cachorro quente.
No caminho de meus paralelepípedos, coberto por inúmeras camadas de asfalto, fez-se guerra, fez-se festa. Como os desfiles das escolas de samba, ou ainda, atrás de um trio elétrico comemorando os tetras e os pentas da vida, fez-se ainda vandalismo, homicídios, “rachas de carro” e muito mais.
Hoje estou bela, fina e vibrante, prestes a virar cartão postal, sou ponto da vida noturna da cidade onde todos se encontram, mesmo quem vai a outro lugar diz: -Vamos dar uma voltinha na “Doca”, só pra ver o movimento!
Doca. Isso mesmo, a antiga função de minha existência, tornou-se uma espécie de apelido, dito e difundido pelos jovens, e pelos vários “outdoors que” compõem a minha imagem atual, e neles vejo a propaganda do tal progresso, inevitável e voraz, cruel e imponente, mas muito persuasivo.


Foi tudo um sonho?

Dia ensolarado, quente, digo um inferno mesmo, desses dias em que se pode fritar um ovo no asfalto. Andava eu no centro comercial de Belém a fim de comprar umas camisas novas.

E lá estava eu naquele sol castigante que em minha região geralmente precede uma chuva, diante de incomensurável calor resolvi refrescar a garganta, entrei em uma birosca e pedi ao balconista, o qual parecia mal humorado, uma cerveja estupidamente gelada. Aquele néctar dos Deuses desceu goela abaixo, refrescando a garganta e talvez a alma.
Eis que de súbito entra na birosca um individuo sujo, vestido com roupas velhas, com um odor de jaula do museu, caminha com certa dificuldade até o balcão e pergunta ao balconista mal humorado, se ele podia arrumar alguma roupa que não quisesse mais para lhe dar, rispidamente o balconista responde:
- Todo dia a mesma conversa..., Vai trabalhar vagabundo!!
Então o homem com roupas velhas levanta a camisa já surrada pelo tempo de uso continuo e mostra uma ferida enorme e feia, talvez dessa ferida exalasse aquele fedor de jaula.

Foi ai que percebi que o balconista era também o dono da birosca, pois ele pulou o balcão e expulsou o homem com roupas velhas do lugar dizendo:

- Cai fora do meu bar, seu vagabundo!!!

Terminei minha cerveja, paguei e segui meu caminho. Entrei em uma grande loja de roupas e fui no setor de camisas para verificar preços e modelos.

Escolhidas as camisas que ia comprar, chamei um vendedor para que avia-se a mercadoria. Foi quando tomei um baita susto, ao ver que o vendedor era a cara do homem de roupas velhas que tinha visto a pouco na birosca, será que apenas uma cerveja estaria me fazendo ver coisas? Ou o sol castigante na moleira causou tal efeito?

Ainda assustado sem saber o que estava acontecendo paguei as camisas e tratei de dar no pé daquele lugar, chegando em casa tomei um banho frio e deitei em minha cama para descansar, fiquei pensando no que tinha ocorrido até que adormeci.

Blimm, blomm... blimm blomm, acordei com o som da campainha de casa a tocar insistentemente, levantei e fui atender a porta. Quase tenho um ataque do coração ao ver o homem com roupas velhas no meu portão, pedindo uma roupa que eu não quisesse mais.

Tremendo de pavor corri até meu quarto pequei umas camisas no armário e levei para o homem de roupas velhas, o qual me agradeceu dizendo:

- Deus lhe pague três vezes mais seu moço!!

Corri para o quarto para ver as três camisas que tinha comprado, mas para minha surpresa não consegui encontrar a sacola da loja em que estavam as camisas. Sentei na beirada da cama e pensei:

- Será que tudo não passou de um sonho?

Adormeci novamente e blimm, blomm... blimm blomm, a campainha mais uma vez, fui atender com as pernas tremendo, mas logo me acalmei vendo que era minha esposa que chegara carregada de sacolas, dizendo:

- amor, fiz umas comprinhas e lembrei de você.

Pegou entre as varias sacolas, uma da mesma loja em que, supostamente eu tinha ido pela manhã, tirou três camisas de dentro da sacola e me deu com um enorme sorriso.


Namorado e namorado

Sábado, 12 de Junho, quatro horas da matina. Pedro, um pequeno e pacato pescador, prepara-se pacientemente para pesca. Preocupado com um comentário de dona Mariazinha em uma conversa com sua vizinha:

- Ritinha está fazendo um curso de culinária na capital e sábado vai preparar para o almoço um tal de peixe a escabeche, estou orgulhosa.

- Já pode até casar.

- Só falta um namorado bem bonito.

Dona Mariazinha mãe de Ritinha, boneca bonita, brincalhona e brejeira, um bombonzinho de coco.

Pedro pensou ser uma boa oportunidade para declarar seu amor por Ritinha, e tomou como missão naquele sábado, pescar um namorado grande e bonito e ofertá-lo a sua amada.

Equipamento embalado tomou a embarcação e embrenhou-se na enseada sem qualquer embromação. Mar aberto, rede estendida, horas a esperar, e o tal do namorado nada de fisgar.

Lança a rede, puxa a rede e o namorado? Quede? Leva o barco mais pra fora, traz o barco mais pra dentro e nada de namorado. Pescada, corvina, mero, arraia, cação e sardinha, mais o bendito namorado não vinha.

Foi-se a lua veio o sol, mas o namorado não fisgava, nem de rede nem de anzol, já cansado e sem esperança de pegar o peixe em questão, Pedro pensou na solução:

- Vou comprar o namorado na peixaria do João.

Voltou para terra firme, e seguiu para o mercado, mas ao chegar na peixaria qual surpresa do coitado, o namorado tinha terminado. Triste e desolado, Pedro imaginava como seria se tivesse pescado o namorado:
- Bom dia Ritinha, troxe-lhe um afago, um grande e bonito namorado.
- Ora Pedro muito obrigado, fique para almoçar, hoje sou eu quem irá cozinhar.

Absorto em seus pensamentos, Pedro nem percebeu quando passou em frente á casa de Ritinha, foi quando dona Mariazinha o chamou:

- Pedro venha cá, Ritinha vai fazer o almoço hoje, e mandou lhe convidar.

Na hora do almoço Pedro teve uma surpresa, pois o peixe que comeu não era namorado, com certeza.

Depois da saborosa refeição Ritinha foi levar Pedro ao portão. Pedro contou tudo o que havia acontecido desde a pesca ao mercado e que tinha lamentado não lhe trazer o namorado.

Foi então que aconteceu o inesperado, Ritinha deu um beijo em Pedro que ficou encabulado, dona Mariazinha e sua vizinha da soleira observavam a cena e teciam seus comentários:

- Minha filha é uma moça de sorte, arranjou um namorado garboso e de porte.

Bendito curso de cozinha, vou já matricular minha filha Rosinha.


Verde que te quero Ver-o-Peso

Verde crú, verde viço, verde maniva, verde do coentro e da salsa, alfavaca e chicória. Tudo é verde ou um dia foi, tenro verde, verde que chega nos popopôs que deslizam nas águas da verde baía de Guajará até o mercado do verde Ver-o-Peso.

Mercado do verde que se come, do verde que se bebe, do verde que cheira gostoso como os banhos de patchouli, ou ainda do verde da marapuama, da catuaba e até mesmo o verde do pau roxo, verdes que curam os males do corpo e mitigam os infortúnios da alma.
Verde é a tua alma, que é alma verde de todo esse verde amazônico que nos cerca e que nos é roubado no verde da muamba, da fraude, do tráfico. É, esse verde não vale, mas o verde dos turistas, esse sim vale, ah!... Como vale, chega a valer três vezes mais do que as nossas tímidas verdinhas.
O feirante vende o verde e também o maduro, se tem sinal verde está tudo bem, mas se seu sinal é vermelho, atenção diz o sinal amarelo, os periquitos verdes estão no pedaço, de olho nas poucas verdinhas que lhes sobram, pois sem sinal verde, a coisa pode ficar preta.
Próximo do meio dia tem a viração, hora em que nossas verdinhas tomam novo viço, e o verde do feirante fica mais em conta, e todos têm a oportunidade de levar mais verde do Ver-o-Peso.
Para os menos afortunados, ao findar o dia, ainda há as sobras de todo o verde que não foi vendido, e que na realidade verde já não é, pois está mais do que maduro, passando mesmo.
Mas para essas pobres almas será o mais perto do verde que podem sonhar em ter, e por mais passado que estejam, felizes ficam os que um dia foram verdes, e que no amanhã só lhes restam o verde dos cemitérios, em seguida os verdes vales de Deus.


Metabolismo

Há alguma coisa no ar.
Vontade de viver.
Vento que sopra do mar.
O metabolismo da vida.
E viver sem agonia.
Corpo, mente e alma.
Tudo em plena harmonia.
O metabolismo do amor.
Homens e mulheres unidos.
Sem malícia ou rancor.
Não havendo preferido.
De raça, credo ou cor.


Fuga

Minhas entranhas ardem com tanta injustiça.
Todos me usam com autoridade intransponível.
Alguns que até por inocência fazem uso da malicia
E não se dão conta de um sofrimento indescritível.
Todos querem fazer-me acreditar.
Que já sou grandinho pra decidir.
E que tenho liberdade pra pensar.
Mas com tanta pressão, o melhor será fugir?


Medo

Todos nós temos medos,
Mesmo que inconsciente.
Mas não adianta lutar,
Se o medo e tão sedutor que mantém os seres cativos.
Só que o medo também arranca verdades do fundo das almas.
O meu medo e de ti perder.
E a verdade que de minha alma ele arranca.
É que te amo demais pra ter medo.

* Abaixo uma seqüencia de textos produzidos para a Telhaço Ferro e Aço.


É tempo de fazer historia.

Em curto espaço de tempo, o estado do Pará, em especial a cidade de Castanhal viveu o tempo em que a Telhaço nasceu. Esse tempo era o tempo de traçar estratégias, tempo de estabelecer metas, tempo de buscar parcerias, tempo de vencer obstáculos, tempo de se dedicar.

A dedicação é prima do tempo e amiga das horas. E em apenas quatro anos de existência cada segundo desse tempo tornou-se extremamente valioso, pois, “Tempo é dinheiro”, tempo é credibilidade, tempo é confiança, o tempo é parte inerente do futuro, o tempo está no presente e logo é tempo que passou.

Agora a Telhaço se prepara para um novo tempo, tempo de tecnologia, tempo de agilidade no atendimento, tempo de mostrar eficiência, tempo de consolidar as parcerias, tempo de ampliar as oportunidades, tempo de fazer historia, uma historia em que o tempo é acima de tudo companheiro de caminhada e irmão dos sonhos.

Todos temos um sonho, nem todos porem temos tempo, direcionamento e objetividade para realizar esse sonho.

A grandeza de um sonho é medida através do nível de dedicação, responsabilidade e uma extraordinária percepção de tempo e espaço que é peculiar dos verdadeiros sonhadores.

Não basta sonhar, é imprescindível lutar para que esse sonho se realize há tempo, por tanto, a relação que se tem com o tempo é ponto passivo para a realização de um sonho.

Com o tempo adequado e a perspectiva de um futuro construído em cima de um sonho, surgiu a Telhaço. No inicio agregou outros quatro sonhadores (funcionários) que contribuiriam direta e indiretamente para vencer as primeiras etapas desse tempo.

Hoje a Telhaço e a realidade de quarenta sonhadores que lutam contra o tempo para dar continuidade a esse sonho.

Aqui na Telhaço todos temos tempo pra sonhar e todos lutamos dia após dia em busca de tempo para realizar esse sonho, pois, em se tratando de sonhos o tempo é relativo, por isso podemos afirmar que é tempo de você conhecer nosso sonho, é tempo de você conhecer a Telhaço.


O Mangueirão agora é Mangueiraço.


Estádio Olímpico do Pará Edir Proença, um dos mais modernos estádios da América latina. Preparado para competições de nível internacional, onde também se encontram duas das maiores torcidas de futebol do Brasil. Remo e Paysandu.

O Mangueirão como é popularmente conhecido teve sua cobertura feita sob medida pela TELHAÇO, com telhas de aço galvanizado, revestida de zinco puro com cristais minimizados em ambos os lados, produzidas com a tecnologia da Usiminas e Nippon Steel Corporation, a Unigal Gl, e a qualidade campeã de quem entende do assunto.

Fabricadas com a mais avançada tecnologia siderúrgica, as telhas de aço zincado chegaram ao Brasil e ao mercado paraense, através da TELHAÇO, nos formatos ondulado e trapezoidal com qualidade superior em acabamento e resistência que atendem as normas da ABNT e aos mais elevados níveis de exigência da construção civil nacional e internacional.

Seja qual for o tamanho do seu empreendimento a TELHAÇO tem a solução na medida certa para você!

TELHAÇO, campeã internacional de qualidade em cobertura de aço.


O que é que o Pará tem?

O Pará tem sabores. Tem tacacá, tem açaí, com farinha de tapioca não tem como resistir. Tem pato no “tucupi”, - suco extraído da mandioca. Tem torta de cupu, creme de bacuri e a gostosa maniçoba. Tem tucumã, tem tamarindo, tangerina e taperebá. Tem também tatu na brasa, tartaruga e tracajá, mas é preciso ter tempero e saber como tratar.

O Pará tem terreiro. Tem terrina e alguidar, tem taberna e tubainas para sede saciar, tem trilhas e ilhas, tem tucunaré tem tamoatá e tambaqui, tem também boto famoso que se chama tucuxi.

O Pará tem times de futebol, tem troféus, tem taças, e torcidas, das maiores do Brasil. Tem timbre, tem tons, tem música e trovadores dos melhores que se ouviu, tem Trovão e tem Tornado, tem poderoso Rubi e Tupinambá, que tremem terra adoidado pra todo mundo dançar.

O Pará tem tabique, tem taboca ou taquara onde mora o tabaréu, tem talo de meriti e linha de carretel, pra botar pipa no céu.

O Pará tem terra e talento pra plantar e pra criar, tem teatro e tem templos, pra divertir e pra rezar. Às vezes tem toró ou temporal, como se queira chamar, mas toda tarde tem também aquela chuvinha gostosa que é pra gente namorar.

O Pará também tem telhas, tem de barro e de alumínio, tem de fibra e com cimento, tem também telhas de aço, o melhor investimento. Tem beleza arquitetônica e resistem mais ao tempo. Tem tendência pra ficar, tem arrojo e economia. Já que o certo e reciclar, tem também ecologia.

O Pará tem Telhaço. A cobertura de Aço, que tem telhas de aço na medida certa para o tamanho da sua obra.


O que é que o Parque Industrial da Telhaço tem?
  • Tem modernidade.
  • Tem tecnologia.
  • Tem maquinário de ponta.
  • Tem matéria prima de primeira qualidade.
  • Tem funcionários altamente capacitados.
  • Tem organização e planejamento.
  • Tem controle de qualidade.
  • Tem mais de 100 toneladas de telhas de aço por mês.
  • Tem pontualidade nas entregas
Mas o mais importante e ter você como nosso cliente.

A Telhaço também tem orgulho de ter contribuído para a reforma do Estádio Olímpico Edir Proença, o popular Mangueirão. Fornecendo a construtora responsável pela obra 000 toneladas de telhas de aço galvanizadas, nas medidas exatas que a obra exigia.

Não importa o tamanho da obra, reforma ou construção, a Telhaço tem de tudo e não te deixa na mão.

Desde um simples parafuso ou um carrinho de mão, tem até telhas de aço para cobrir qualquer espaço e vencer qualquer vão.

Tanto faz se e na indústria, serralheria ou na agropecuária, a Telhaço tem o que você precisa, é só escolher a área.

O endereço do Show Room pode ser até comum, fica na rua principal, da cidade de Castanhal.

Faça já uma visita, veja nossa variedade, e encontre o que precisa sem sair de sua cidade.

Outra forma de amar.

Sacudindo a caixola minha vida desenrola sempre em busca de algo mais/
Canto a vida, conto as horas, sem deixar meu pensamento desdobrar em outro jazz/

Na fração de um segundo, em contato com o mundo, e você apareceu/
Com um jeito delicado, pôs meu mundo revirado, depois desapareceu/

Eu que estava procurando outra forma de contato, outra forma de amar/
Percebi que o destino, fez meu coração menino logo se apaixonar/

O amor é uma flor, desabrocha com os raios de sol da manhã/
Fica cego, perde o rumo e se embriaga com a lua sua irmã/

Num eclipse ele explode, sem luz e sem contato/
Toda via esse amor, não tem regras nem pudor, nós sabemos, isso é fato/

Não há jazz, samba ou rock, pois o som já não comove, sigo a luz do teu olhar/
Nas esquinas e nos bares, eu te vejo toda noite, mas não posso te tocar/

Sem abraços e nem beijos estou fadado a vagar/
Sempre em busca de algo mais, procurando minha paz, vou remando nesse mar/

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